O Seringal Vila Paraíso, localizado a 50Km de Manaus, é uma reprodução de um seri
ngal que existiu em Humaitá (munícípio do Amazonas - distância 590km) próximo ao Rio Madeira. Ele tem o objetivo de contar como era a vida do seringueiro e como vivia o dono do seringal - o seringalista, conhecido também como Coronel de Barranco. Ele se localiza na boca do Igarapé São João, afluente do igarapé Tarumã-Mirin, margem esquerda do Rio Negro. Esse complexo serviu de cenário para o filme
"A Selva", co-produção luso-brasileira, do Diretor português Leonel Vieira, onde conta a história de Alberto (Diogo Morgado), um jovem português monárquico que, exilado no Brasil, consegue um emprego no seringal e se apaixona pela mulher do patrão, D. Yayá vivida por Maitê Proença. Ao final da postagem
veja cenas do filme, AVISO: só se você for maior de 18 anos tá?!.
Ao desembarcar já vemos o Casarão do seringalista; lá dentro tudo foi mobiliado com móveis da época que retratam o modo de viver na Amazonia no início do séuclo XX. Depois de conhecermos a Grande Casa, passamos por uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, onde a familia do seringalista fazia suas orações. Logo em seguida vamos ao
Barracão de Aviamento que era o local onde os seringueiros compravam tudo o que precisavam para o seu trabalho e a sua estadia, inclusive tecidos para roupas. Tudo era posto em uma conta, e acabavam por se tornar devedores do dono do seringal. O ajuste de conta seria feito ao final do trabalho do seringueiro, momento em que entregavam as pelas de borracha.
Vemos também o local onde se banhava a mulher do patrão . Logo em seguida, seguimos por uma trilha no meio da mata, onde vamos descobrir finalmente como era tirado o látex da seringueira - muito, muito instrutivo e interessante. Os seringueiros colocavam latinhas nas seringueiras e depois de cheias saiam recolhendo-as. Com o látex coagulado, faziam uma defumação do líquido formando as bolas de borrachas.
Eles tinham uma
jornada de mais de 14 horas de trabalho. Os seringueiros tinham uma vida sacrificada, acordavam de madrugada, dormiam mal, custeavam seu próprio material de trabalho e para quê? Para ganharem não tanto quanto mereciam, embora o fruto de seu trabalho ser o responsável do enriquecmento de muita gente... grandes fortunas foram feitas naquela época. Bem, voltando ao ritmo de vida do seringueiro, o Capitão de Barranco mandava buscar mulheres para alegrá-los,
que tal?!!!!E se eles lá morriam, lá eram enterrados.
Também nos mostram como era feita a farinha de mandioca. Infelizmente lá não há nada para comer. É um lugar bem natural, bem simples, mas devo registrar que o banheiro se apresenta bem melhor em termos de limpeza que muitos shoppings que visitei.
Mais abaixo você pode conferir o vídeo do barco chegando no Seringal, veja que beleza de passeio!
Também tem um vídeo demonstrando um artifício que os seringueiros utilizavam para se sentirem menos fedorentos. É passando a mão na casa das formigas que elas faziam nos galhos das árvores, o perfume só você indo lá para sentir, doce, cheiro de flores, indescritível!
Veja ao final da postagem o vídeo em que um antigo seringueiro demonstra como se tirava o látex da seringueira. Também tem um vídeo que mostra parte do passeio de barco. Show de bola!!! Informações práticas. Lá o celular não funciona. Você chega de canoa ou barco pequeno como queira chamar..., o detalhe é que só quem sabe que você está lá é quem te leva. Quando você desembarca o rapaz do barco diz: voltarei para buscar vocês em 1h/ 1h30. Bem, é realmente tempo suficiente para se ver o que há por lá. Mas me pergunto: e
se algo no caminho acontece aquele cidadão? Ninguém voltaria para nos buscar! Teríamos que ficar na beira do rio esperando que um outro barco por lá passasse, ou rezar para que outros visitantes chegassem. Quando eu fui éramos apenas 3 pessoas comigo, e quando o barco veio nos buscar ninguém veio para o museu, já que funciona até as 16h e nós fomos às 14h. Bem arriscado não? Já pensou passar a noite por lá? Bem tem a cama do Capitão de Barranco....
só não tem o Alberto!! O barco vem parando em vários lugares, e o seringal era o último destino, ou seja o Seringal é ponto final.
Como chegar: ir para a Marina do Davi na Ponta Negra. Lá chegando você desce as escadas até a beira do rio, lá tem vários barcos que saem sempre quando um barco enche e vão apenas aos lugares dos destinos das pessoas que lá estão.
Você tem que dizer aonde quer ir.
R$ 12,00 (ida e volta) é o preço da passagem e a duração da viagem é cerca de 20 minutos. O ingresso no museu é de
R$5,00, estudante
R$2,50 Abertura: de quarta a domingo, das 8hs às 16hs.
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