Percurso= 21,8 km
Percurso acumulado= 114,7 km Início= 9h30
Término= 6h10
Duração= 9h20
Há!!! Essa dia foi muito gratificante! Conto mais abaixo...
Mal tinha me recuperado do terrível cansaço da etapa anterior, minhas pernas ainda doíam como nunca, ter caminhado mais de 10 horas sob o sol forte foi cruel, e não sei que jeito eu dei, mas meu ombro esquerdo começava a doer logo após os 5 primeiros minutos de caminhada, e essa dor foi minha companheira por todo o meu Caminho até Santiago de Compostela, bem como meu ouvido esquerdo que seguia tapado, interessante que tudo acontecia do lado esquerdo do meu corpo, de modo que comprovei pela primeira vez, nesta etapa a Estella, ter muita determinação.
Encontrar a ponte em Puente la Reina para poder sair da cidade foi um pouco difícil, pois não vimos sinalização e tivemos que perguntar às pessoas. Saindo da ponte em Puente la Reina alguns peregrinos ficam confundidos, pois há um caminho em frente a saída da ponte, mas não se vai por ele,
ao sair da ponte se dobra à esquerda.
Não há mais bosques e agora é sol direto na cabeça. Saindo de Mañeru passamos por lindos vinhedos.
Cirauqui - A estrela do dia! Uma cidadezinha que fica numa colina, antigo povoado medieval, passar por suas muralhas, suas ruas nos permite imaginar como deveria ser a vida naquela época medieval.
Chegando em Cirauqui, tivemos uma agradável e inesquecível recepção na igreja de San Román construída no estilo gótico no séc. XII. Possui uma portada românica com influências orientais.
San Román, antes de santo, foi um soldado romano que se converteu ao cristianismo e foi martirizado por isso.
Conhecemos alí a Ester, uma senhora amabilíssima, de uma voz doce e gestos de delicadeza para conosco. Ela é argentina e casou com um espanhol e está vivendo por lá. Ela toma conta da igreja e selou nossas credenciais. Depois nos agradeceu por termos ido visitar a igreja, pois ela não fica no caminho.
Ao se entrar na cidade, após subir as
ruazinhas e chegar numa espécie de praça, para encontrar a igreja, você tem que subir umas escadinhas do lado direito. A igreja é rodeada por casas e ruazinhas estreitas que as separam da mesma.
ruazinhas e chegar numa espécie de praça, para encontrar a igreja, você tem que subir umas escadinhas do lado direito. A igreja é rodeada por casas e ruazinhas estreitas que as separam da mesma.
Ao entrar na igreja caminhei até um dos bancos um pouco mais a frente e lá rezei; Ao terminar a oração olhei vagarosamente para o lado direito meio que sem esperar mais nada, e me deparei com uma imagem lindíssima de Jesus Cristo cruscificado, estava muito sensível naquele dia, caminhei até ele e chorei aos seus pés.
Nessa igreja há uma pia bastimal que tem mais de 2.000 anos. Era da época dos romanos.
Também tem uma ara romana, que foi encontrada por um camponês, que era utilizada para demarcar o caminho pelos romanos.
Após Ester explicar sobre a Ara romana, eu perguntei a ela se eu podia tocar nela, e de pronto, olhando fixadamente em meus olhos, com sua voz doce, ela me respondeu: "Aldisonia, tu puedes todo."
Não sei o porquê, mas senti ali naquela resposta algo muito mais significativo do que permissão para tocar naquela ara.
Sabe, sei lá... o Caminho vai te deixando assim... com certos sentimentos, certas amplitudes de possibilidades na tua vida.
Veja ao final o vídeo de Ester nos falando sobre a ara romana.
Ao sair de Cirauqui nos deparamos com uma calçada romana do séc. I, foi modificado na idade média mas conserva seu traçado original, por onde todas aquela figuras ilustres de nossa história passaram com seus exércitos.
Essa etapa é cheia de sobe e desce que estavam acabando com minha panturrilha, não estava aguentando de tanta dor e uma bolha, ainda que pequena... mas uma bolha, me incomodava demais. De contrapeso tinha o joanete, mas este estava tentando amenizar com o Compeed.
O joanete que doía era também do lado esquerdo.
Chegando em Estella, para chegar na centro da cidade, ainda se anda um bom pedaço, lá chegando, atravessamos a ponte para nos hospedar no albergue.
Eu não sabia ainda onde ficar e após ter atravessado a ponte, ao tentar atravessar a pista um senhor que estava acompanhando a outros peregrinos aparentemente, me perguntou se eu estava a procura de um albergue, eu disse que sim, então ele me levou até o Albergue de ANFAS (Associação Navarra a Favor das pessoas com descapacidade intelectual), excelente albergue, seu nome é Juan, ele é administrador desse albergue cujos recursos são destinados ao apoio a pessoas descapacitadas. Gentilmente carregou minha mochila até o albergue.
Albergue limpo, silencioso no horário devido, com internet e ótimos banheiros. Perfeito!
Se situa na Calle Cordeleros, 7.
Email do albergue: albergue@anfasnavarra.org
Após tomar banho e tratar de minha bolha fomos jantar. Não muito distante do albergue tem um restaurante que não me recordo o nome agora, mas foi onde comi um file a milaneza para variar dos bifes comuns com batata frita. Tivemos que nos apressar pois o restaurante parava de servir às 21h.
Abaixo o link do álbum dessa etapa.
Etapa 6 - Puente la Reina à Estella
Bolha - definição pessoal: um tipo de carimbo na credencial corporal do peregrino.
Após Ester explicar sobre a Ara romana, eu perguntei a ela se eu podia tocar nela, e de pronto, olhando fixadamente em meus olhos, com sua voz doce, ela me respondeu: "Aldisonia, tu puedes todo."
Não sei o porquê, mas senti ali naquela resposta algo muito mais significativo do que permissão para tocar naquela ara.
Sabe, sei lá... o Caminho vai te deixando assim... com certos sentimentos, certas amplitudes de possibilidades na tua vida.
Veja ao final o vídeo de Ester nos falando sobre a ara romana.
Ao sair de Cirauqui nos deparamos com uma calçada romana do séc. I, foi modificado na idade média mas conserva seu traçado original, por onde todas aquela figuras ilustres de nossa história passaram com seus exércitos.
Essa etapa é cheia de sobe e desce que estavam acabando com minha panturrilha, não estava aguentando de tanta dor e uma bolha, ainda que pequena... mas uma bolha, me incomodava demais. De contrapeso tinha o joanete, mas este estava tentando amenizar com o Compeed.
O joanete que doía era também do lado esquerdo.
Chegando em Estella, para chegar na centro da cidade, ainda se anda um bom pedaço, lá chegando, atravessamos a ponte para nos hospedar no albergue.
Eu não sabia ainda onde ficar e após ter atravessado a ponte, ao tentar atravessar a pista um senhor que estava acompanhando a outros peregrinos aparentemente, me perguntou se eu estava a procura de um albergue, eu disse que sim, então ele me levou até o Albergue de ANFAS (Associação Navarra a Favor das pessoas com descapacidade intelectual), excelente albergue, seu nome é Juan, ele é administrador desse albergue cujos recursos são destinados ao apoio a pessoas descapacitadas. Gentilmente carregou minha mochila até o albergue.
Albergue limpo, silencioso no horário devido, com internet e ótimos banheiros. Perfeito!
Se situa na Calle Cordeleros, 7.
Email do albergue: albergue@anfasnavarra.org
Após tomar banho e tratar de minha bolha fomos jantar. Não muito distante do albergue tem um restaurante que não me recordo o nome agora, mas foi onde comi um file a milaneza para variar dos bifes comuns com batata frita. Tivemos que nos apressar pois o restaurante parava de servir às 21h.
Abaixo o link do álbum dessa etapa.
Etapa 6 - Puente la Reina à Estella
Veja ao final o vídeo onde mostro como tratei de minha pequena bolha.
Bolha - definição pessoal: um tipo de carimbo na credencial corporal do peregrino.
LINDINHA, ESSAS ETAPAS FINAIS FORAM DEMAIS. VCS FORAM COLOCADOS EM CHECK REALMENTE. FIQUEI COM A BOCA CHEIA D'AGUA DE IMAGINAR AQUELE FILE A MILANEZA (VC SABE QUE ADORO). hehehe
ResponderExcluirREALMENTE ALDI "VOCE PODE TUDO". PARABÉNS. ME SINTO ORGULHOSO POR TER CONHECIDO VOCE. BJS. KLB/RJ