Época: Verão
Temperatura: 28 graus/15 graus.
Percurso a pé: 7,5 kms.
Destino: Orisson (França)
Início: 9h30
Término: 13h38
Duração: 4h08 (caminhadas com paradas para fotos e descansos)
Saint Jean está a mais ou menos 200 metros acima do nível do mar . Orisson está a 795 m.
Nosso dia começou cedo, embora tenhamos deixado Saint Jean tarde. Tomamos o café, nos despedimos e partimos descendo a Rue de la Citadelle.
No final dessa rua se encontra a torre do relógio e ao lado dela a igreja Notre-Dame-du-Bout-du-Pont construída no estilo gótico, uma igreja do século 14.
Ao passar pela torre do relógio se sai sobre a ponte medieval sobre o rio Nive. Lindo!
Logo você já está na Rue d'Espagne e ao final dela se sai pela Porte d'Espagne passando pelo que restou das muralhas nesse ponto.
Logo nos animamos pois íamos finalmente cruzar os Pirineos.
Esta é a etapa mais difícil.
Optamos seguir pela Rota de Napoleão.
É a rota mais difìcil. Por ela passaram as tropas de Fernando o Catolico, as legiões romanas, Carlomagno para lutar com os Sarracenos, Napoleão, enfim, todos com seus exércitos.
Isso me encanta! Poder passar por onde esses homens que fizeram história passaram é pra mim realmente emocionante!
O trecho já começa com uma forte subida por uma estrada esfaltada e tudo é lindo e maravilhoso!
Todos com água, enormes bocadilhos que o pessoal do albergue preparou para a gente, que um só bastava aos três... tudo pronto para subir mesmo!
Após 2 horas de caminhada resolvemos parar para comer o sanduiche, eu sentei e comecei a abocanhar o meu sanduiche quando 2 cachorros sentiram o cheiro e vieram para perto, mamãe e Rodrigo com medo, tratamos logo de sair dali sem comer direito.
Corre! pega a mochila!
Os cachorros vieram latindo atrás da gente, nos seguiram um tempinho latindo mas não aconteceu mais nada. Nós os ignoramos com a cara e a coragem!
Bem, subida nunca é fácil e a mamãe não parecia bem, ela parou para tirar a mochila, algo a incomodava e eu preocupada esqueci que estava segurando a máquina fotográfica e esta caiu no chão em cima de uma pedra que destruiu o display dela. Tudo ficou preto.
Imaginem o quanto fiquei arrasada naquela hora!!!
Mas como não dei confiança ao azar tentei bater assim mesmo e para minha surpresa ela continuou a bater fotos, só que você não vê a imagem que irá ser fotografada... mas ela está tirando fotos belíssimas.
Tenho também minha filmadora que tira fotos e então bola pra frente.
Pouco a pouco o cansaço vai aumentando, a mochila parecendo mais pesada, a respiração fica difícil, creio que pela altitude.
Como não havíamos treinado muito para essas caminhadas, não preciso lhes dizer do quão difícil foi subir 7,5 km já de cara. Mas a paisagem valeu a pena.
Já quase exaustos chegamos ao albergue de Orisson, ainda território francês, é um bom albergue que fica nos Pirineos. Achei melhor ficar nas montanhas e pegar leve. Dividimos o quarto com mais 3 pessoas.
O jantar foi servido às 18hs30. Sopa de entrada e o prato principal não me agradou muito então foi só o que comi.
No jantar parecia uma verdadeira "torre de babel", perto de nós sentaram italianas, franceses, uma moça húngara que a chamava de Beó. Uma moça de Tampico, lugar que nem sabia que existia...
No jantar parecia uma verdadeira "torre de babel", perto de nós sentaram italianas, franceses, uma moça húngara que a chamava de Beó. Uma moça de Tampico, lugar que nem sabia que existia...
Eu estava terrivelmente cansada e se via no rosto, logo, não me demorei muito.
Nada mais a comer, eu e Beó, a húngara, que estava na mesma situação que eu, fomos as primeira a nos levantarmos da mesa e fomos dormir.
Depois minha mãe falou que o dono do albergue pediu a todos que se apresentasse e dissessem de onde eram.
Ora, ele deveria ter feito isso no início, ficaria mais fácil para você se enturmar durante o jantar.
O albergue é grande e tem tudo que se precisa, exceto internet, e o melhor: tem uma vista maravilhosa!!!!!
Abaixo deixo o link do álbum dessa etapa.
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