sábado, 25 de dezembro de 2010

História de Bernadette

Os avós de Bernadette possuíam um moinho, chamava-se Moinho de Boly. Foto ao lado.

Quando faleceu seu avô, Justin Castérot, sua avó, Claire, não tinha condições de cuidar do moinho sozinha, e então tratou de casar uma das filhas com alguém.

Ofereceu sua filha mais velha a François Soubirous, que era empregado em um outro moinho.
Acontece que François se engraçou da filha mais nova, Louise. Fizeram de um tudo para ele casar com a mais velha mas não teve jeito.

Então dia 19 de novembro de 1842 François Soubirous se casa com Louise Castérot.
No dia 7 de janeiro de 1844 nascia Marie-Bernade, carinhosamente chamada de Bernadette. Ela nasceu nesse quarto.

Infelizmente Louise sofreu um acidente onde uma vela lhe queimou o corpo, com isso tiveram que mandar Bernadette para uma ama-de-leite por 18 meses, em uma outra cidade.

Em 1846 Bernadette retorna com seu pai para sua casa e sua mãe já estava esperando outro bebê, sua irmã Toinette.






Claire, sua avó resolve deixar o casal e ir viver com sua filha mais velha que havia casado. François e Louise ficaram sozinhos para tocar o moinho, porém tiveram dificuldades não só pela falta de experiência mas também pelo surgimento das máquinas a vapor, era o progresso chegando.
Como se não bastasse, François perde o olho esquerdo durante o trabalho.

Em 1851 Louise tem um menino, Jean-Marie.
A situação foi ficando muito difícil até que venderam o moinho e François teve que procurar outro forma de ganhar o pão. Apesar de venderem o moinho, ficaram morando na casa até 1854. Não conseguindo mais pagar o aluguel deixaram o Moinho de Boly. Cairam em miséria.

Em 1855 houve uma epidemia de cólera, da qual Bernadette foi vítima, mas conseguiu vencer, porém ficou com uma asma crônica.
Nesse mesmo ano morreu Claire, sua avó, deixando para François e Louise uma herança que lhes permitiram alugar um moinho, o moinho de Arcizac-ez-Angles.

Infelizmente, em 1856 veio uma seca queimando toda a colheita e deixando a família sem nada. Cheios de dívidas foram expulsos.
Foram morar em uma casinha, mas, nem esta, estavam dando conta de pagar o aluguel. Em 1857, sem nenhum dinheiro e na rua, foram habitar um calabouço de uma prisão que estava inativa.

Toda a família teve que trabalhar, inclusive Bernadette. A fome reinava. Os ganhos eram insuficientes.
Em 1857, como se não bastasse todos os problemas daquela família, François foi acusado de roubo em uma padaria. Ficou preso 8 dias, não houve provas do roubo.

A situação ficando muito difícil, enviaram Bernadette para trabalhar na granja de sua antiaga ama-de-leite, em Bartrès, com isso era uma boca a menos para alimentar. Bernadette tinha então 13 anos e não sabia nem ler nem escrever.

Bernadette cuidava das ovelhas e sua ama tentava ensinar a ela o catecismo. Tudo era muito difícil de aprender. Bernadette conseguiu no ano seguinte convencer a seus pais de deixar que ela voltasse, para isso, inventou uma pequena mentira lhes dizendo que era para fazer a Primeira Comunhão.
Em janeiro de 1858 retornou, não importava se iria voltar a morar no calabouço de uma prisão. Ela queria estar ao lado dos seus familiares.

Apesar da pequena mentira, apenas para estar ao lado de sua família, Bernadette estava mais do que preparada, pois foi a escolhida por Nossa Senhora, a nos trazer uma mensagem de que não estamos sós, de que precisamos rezar, de que precisamos pedir uns pelos outros, de que Nossa Mãe vela por todos nós.

Após as visões na Gruta de Massabiele já comentada em outra postagem, Bernadette passou vários anos sendo inquirida pelas autoridades eclesiástica que ainda investigavam o acontecido na Gruta de Massabiele. E ela sempre enfrentava tudo com muita serenidade, muito tranquila.

Sua vida mudou completamente, pois todos queriam também conhecer a menina Bernadette e multidões apareciam na porta de sua casa. Ela seguia com as aulas de catequese e o padre para lhe proteger dos curiosos a envia ao pensionato do Hospício das irmãs da Caridade de Nevers em 1860.

Alí Bernadette aprende a ler e a escrever e em 1861 escreveu seu primeiro relato sobre as aparições.
Em 1862 ela teve pneumonia. Lhe dão a extrema-unção, mas ela se restabelece.

Bernadette decide se tornar monja, mas não sabia de que Ordem, leva uma vida de estudos e cuidando dos enfermos.

Em 1864 Bernadette cai enferma novamente, e naquele momento toma a decisão de ser monja da congregação da irmãs de Nevers.
Em 1865 ela inicia seu postulado no hospício de Lourdes.

No dia 3 de julho de 1866 vai à Gruta de Massabiele pela última vez e passa a noite no Moinho Lacadé, onde a sua família passou a habitar. No dia seguinte da adeus a sua cidade.

Bernadette entra o convento de Saint-Gildard de Nevers, depois de contar seu testemunho das aparições, se recolhe finalmente ao silêncio e começa a sua formação. Em 29 de julho recebe os hábitos e passa a se chamar Marie-Bernard.

15 dias depois adoece e vai para enfermaria. No final do ano, enquanto se recuperava da doença, falece sua mãe.

No dia 30 de outubro de 1867 faz os votos de pobreza, castidade, obediência e caridade. O bispo a nomeia ajudante da enfermaria com o título de Marthe Forest.
Em abril de 1870 adoece. Apesar de doente continua o seu trabalho da forma como podia.

Em 29 de julho deste ano França declara guerra à Prussia e a madre superiora põe o convento a disposição do Ministério da guerra, que se transforma em uma clínica militar.

Seu pai morre em 1871. Em 1873 ela tem uma nova recaída, e no dia 30 de outubro lhe dão a baixa do serviço que efetuava. Vivendo entre recaídas e melhoras, após ser anunciada a morte do abade Peryamale, sente que o seu fim está próximo.

2 anos depois começam dores no peito, vomita sangue, crises fortes de asma. Teve um aneurisma e um tumor no joelho o que a obriga a andar de muletas.
Em 1879 seu estado piora ainda mais.

Em 14 de abril durante a Páscoa se confessa e diz: "Estou moída como um grão de trigo..., e acrescenta: nunca pensei que teria que sofrer tanto para morrer".

Na quarta-feira de Páscoa, 16 de abril de 1879, ela pede que le sentem no salão. A uma da tarde o capelão toma a confissão de Bernadette. Recita sua oração com o cruscifixo na mão. Repete por duas vezes: "Santa Maria, mãe de Deus, roga por mim, pobre pecadora..."

Pede então que lhe dêem água para beber. Se benze, bebe um pouco mais de água e morre inclinando a cabeça.

Em 1909, o papa Pio X trabalha para a beatificação e canonização de Bernadette, e ao exumarem seu corpo tiveram a fantastica surpresa de ver que o mesmo estava intacto, inclusive seus órgãos. Não havia nenhum odor de putrefação ao se abrir o caixão.

A investigação é suspensa por motivo da guerra e retomada em 1919 fazem uma nova exumação. Se passam 46 anos de sua morte quando resolvem exumar novamente seu corpo, em 1925, antes de proclamá-la beata. Confirma-se ainda o perfeito estado de seu corpo.
Bernadette é canonizada em 1933 pelo papa Pio XI.
Seu corpo se encontra em um relicário no Convento Saint-Gildard em Nevers para que todos a vejam.

Leia também:
Gruta de Massabielle

Foto de como era o anteriormente o Molino de Boly

Foto da gruta como era na época.

Fotos





Um comentário:

  1. historia triste emocionante , esta viagem devera ficar marcada em seu coração para sempre, é por estas e outras que te amo, um feliz natal que posamos ficar juntos para sempre, bjs franço

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