sábado, 6 de agosto de 2011

Louvre

Não poderíamos deixar de ir ao Louvre por mais curta que fosse a nossa estadia em Paris.

Considerado como o museu mais importante do mundo, devido a reunião de grandes obras valiosas e das mais variáveis, tinha em mente ver apenas algumas delas, mas vimos muito mais do que havíamos planejado e foi muito bom!






ORIGEM
O Louvre foi uma obra de vários reis e teve seu nascimento no séc. XI com o rei Phellippe Augusto, que mandou construir uma fortaleza próxima ao rio para sua defesa. Ele não morava nela, mas guardava o Tesouro Real e demais arquivos.

No séc. XIV Carlos V a melhorou tornando-a mais acolhedora e passou a morar nela.


Depois de seu reinado o Louvre não alojou mais reis, somente no reinado de Francisco I, em 1546, o novo rei então, mandou que melhorasse sua
construção, a tornasse mais habitável, e inserisse detalhes renascentistas.
Para isso mandou derrubar a velha fortaleza, mas suas bases ficaram.

Os trabalhos continuaram reinado após reinado, se seguindo pelo reinado de Henrique II. Depois de sua morte a rainha Catarina de Medeci pensou em construir um palácio nas Tullerias e uní-lo ao Louvre.

Os trabalhos de ampliação seguiam, e vieram os reis Henrique IV, Luis XIII, Luis XIV e mais ampliações iam sendo feitas.
Com a mudança da Corte de Versalles para o Palácio as obras pararam em 1692 e ele foi abandonado, e foi desmoronando aos pouquinhos.
Após a Revolução, os trabalhos foram retomados a mando de Napoleão I, e foi seguindo até Napoleão III - sob o seu reinado a construção teve fim com a última ampliação que foi a construção da ala Norte na rua de Rivoli, acabada em 1852.

Em 1871 houve um grande incêndio nas Tullerias destruíndo o palácio e dando ao Louvre o seu aspecto que tem hoje.













COLEÇÕES E OBRAS
A coleção começou com o Rei Francisco I que era um amante das artes. Ele contratou os serviços de Leonardo da Vinci. Os outros reis não tinham tanta dedicação à Coleção dessas obras, mas no reinado de Louis XIII, o Louvre foi enriquecido um pouco mais graças ao seu Ministro o Cardeal Richelieu que era um apreciador e colecionador de obras de artes. Quando este morreu deixou sua coleção para a Coroa.
Ao longo de todos os demais reinados mais e mais obras iam sendo somadas ao Louvre.

O MUSEU
O Palácio não havia sido construído para ser um museu, de forma que esteve durante muito tempo, mau estruturado em termos de apresentação de suas obras.

Foi no governo de François Mitterand que se reestruturou o Louvre para apresentar melhor a sua enorme e vasta coleção.







Em 1983 no coraçãodo Louvre, no
subsolo da Cour Napoleão se criou uma ampla entrada sob uma pirâmide de cristal. Por essa entrada se tem acesso às 3 alas do Louvre: Richelieu, Sully e Denon.











A Pirâmide deu ao Louvre uma imagem moderna, que em momento algum inibe a beleza da construção histórica de seu prédio.













O QUE DEU PARA VERMOS
Pensando em passar um período de 3 horas no Louvre para que não se tornasse muito cansativo, escolhemos ver algumas obras clássicas e vimos muito mais do que pensávamos.

Eu adorei tudo e não me senti cansada após essas 3 horas, queria mais, pena não ter tido mais tempo.

Como as primeiras da lista eram Vitória de Samotrácia e Monalisa, escolhemos começar pela ala Denon que é onde elas se encontram.



VITORIA OU NIKE DE SAMOTRÁCIA
Data de 190 a.C, possui 2m e 75 cm.
Nike era uma deusa grega e seu nome significa vitória.
Samotrácia é uma ilha que fica entre Grécia e Turquia, no mar Egeu.
Essa estátua foi achada num santuário nesta
ilha e pertence ao período Helenístico (arte grega que abrange o período do final séc IV a. C ao séc I a. C).













Ela está sobre a proa de um navio e foi mandada construir pelo General Demétrio I da Macedonia, provavelmente em comemoração a uma vitória.












La Vierge et l'Enfant em majesté entouré de six anges -Maestà
A Virgem e a Criança em majestade ao redor de seis anjos
Por Cimabue.
Data por volta de em Florença.
Arte Italiana, Cimabue foi o iniciador da escola Florentina do séc. XIV.
Deu novos padrões à arte, com sua influência bizantina no emprego de ouro em seus trabalhos, foi pioneiro nesse sentido.















A CRUCIFICAÇÃO
Por Giotto.
Data porvolta de 1330















La Vierge et l'Enfant entouré d'anges avec Saint Frediano et Saint Augustin.
A Virgem e a Criança ao redor de anjos com Santo Frediano e Santo Augustin
Por Filippo Lippe.
Data por volta de 1406 em Florença.












SAINT SÉBATIEN - São Sebastião
Por Mantegna.
Data por volta de 1480.
Mantegna, italiano, foi um pintor renascentista.

São Sebatião, este tema, foi por ele pintado três vezes, a primeira tela pintada encon
tra-se no Ku
nsthistorisches Museum em Vienna e a terceira tela no Ca'd'Oro em Veneza. Esta que se encontra no Louvre foi a sua segunda tela sobre São Sebastião.












La Vierge aux roches
A virgem nas rochas
Por Leonardo da Vinci em 1452.
Há duas versões dessa obra, a primeira encontra-se no Louvre e a segunda no National Gallery em Londres.

Esse trabalho foi encomendado a Leonardo da Vinci pela Congregação das Irmãs da Imaculada Conceição para o altar da igreja Saint-François-Majeur de Milan.

Elas deram o tamanho da tela e o tema que queriam: a Virgem com Jesus, João batista criança e o anjo Uriel, fazendo referência a uma passagem de um dos Evangelhos Ápocrifos, não canônico, na qual Jesus criança teria reencontrado João Batista, seu primo, em uma caverna durante sua estadia no Egito.

Essa pintura de daVinci causou pavor às irmãs na hora da entrega e posteriormente pertubação para a Igreja por conta de alguns detalhes como por exemplo:
a) a Virgem segura em sua mão João Batista e não Jesus
b) o gesto de Uriel apontando o dedo para João Batista e olha o espectador.

Na verdade o anjo está na pintura como um intermediário entre a pintura e o espectador.

Anos mais tardes Leonardo da Vinci fez uma outra pintura do mesmo tema, retirando alguns detalhes como por exemplo o Anjo Uriel apontando para João Batista.
Esta segunda tela é a que se encontra em Londres no National Gallery.

Salomé recebe a cabSalomé reçoi la tête de saint Jean-B
aptiste
eça de São João Batista.
Por Luini.Data por volta de 1485.

















LA GIOCONDA - MONALISA
Por Leonardo da Vinci. 1506.

Foi trazida a França pelo próprio da Vinci e o Rei Francisco I teria comprado sua obra.

Todo mundo queria saber quem era essa mulher que Leonardo havia pintado e após várias informações e d
escobertas foi atribuída a imagem à esposa do comerciante florentino Francesco del Gioconda - Lisa del Giocondo.

Napoleão adorava este quadro e o manteve em um de seus aposentos durante um bom tempo.

Já foi roubada do Louvre, já jogaram ácido nela, jogaram xícara de café, creio que isso explica a extrema segurança em torno deste quadro que nem é tão grande em tamanho.

Essa é uma das salas mais visitadas e creio que seja a obra mais vista.
Ao entrar na sala há um multidão em forma de meia lua de frente para a enorme parede aonde fica a Monalisa, e você se coloca ali no meio e vai ficando até que chegue sua vez de estar na primeira fila para tirar foto.

É um sufoco! Há que ter paciência e muita vontade de fotografar esse quadro e de tão longe!

Nessa sala também estão outras grandes obras como por exemplo as Bodas de Caná, que era um dos quadros que estavam na minha lista que consistia nas obras: Monalisa, Vitória de Samotrácia, Vênus de Milo, Coroação de Napoleão e o Código de Hamurábi.

BODAS DE CANÁ
Por Veronese -Paolo Cagliari, era chamado de Veronese por ter nascido em Verona.
Data por volta de 1562/1563.













Sacre de l'empereur Napoléon ler et couronnemont del'imperatrice Joséphine dans la Cathédrale Notre-Dame de Paris, le 2 décembre 1804.

Coroação do imperador Napoleão e coroação da impera
triz Josephine na Catedral de Notre Dame em Paris, 2 de dezembro de 804.
Por Jacques-Louis - David.

David era o pintor francês preferido de Napoleão e passou a ser o pintor oficial da corte onde registrava todos os principais eventos em suas telas.
Napoleão coroou-se a si mesmo e depois à sua amada Josephina como vemos na tela, e foi isso mesmo o que aconteceu, mostrando que tinha chegado aonde chegou graças a ele mesmo.
Napoleão era realmente ousado!





LA LIBERTÉ GUIDANT LE PEUPLE
A liberdade guiando o povo
Por Delacroix.
Nessa pintura se comemora a Revolução de 1830 e a queda de Carlos X.
A mulher representa a liberdade e esta guia o povo.







Bonaparte franchissant les Alpes
Bonaparte superando os Alpes
Por Delaroche em 1800.

Essa cena já havia sido pintada por David, mas Delaroche quis dar uma imagem mais realista e humana, mostrando o perigo da passagem pelas montanhas e o olhar melancólico dos heróis. Esse momento foi quando Napoleão estava tentando pegar de surpresa o exército austríaco.














Jeanne-Darc au sacre du roi Charles VII, dans la Cathédrale de Reims
Joana Darc na coroação do rei Carlos VII na catedral de Reims.
Por Ingres.


















La Louve allaintant Romulo et Rémus.
A loba amamentando Rômulo e Remo
Itália, fim do séc. XVI.

Amulio depôs seu irmão Numitor que era Rei de Alba e temendo que seus descendentes viessem reclamar o seu trono, matou o filho de seu irmão e quanto à sua sobrinha Sílvia obrigou-a a se tornar Vestal (sacerdotisa virgem consagarada à Deus a Vesta) e fazer votos de castidade, mas isso não ocorreu, ela engravidou e teve dois filhos, gêmeos, Rômulo e Remo e para amenizar disseram que ela havia sido engravidada pelo deus Marte
(deus romano da guerra).


Amulio a trancou num calabouço e com medo de que essas crianças tivessem direito ao trono, mandou um servo para matá-los. Este, com pena, escondeu os meninos numa cesta e os colocou no rio Tibre.

O rio levou a cesta ao Monte Palatino, onde uma loba escutou o choro das crianças e como ela havia perdido seus filhotes e tinha leite, deu de mamar às crianças.
Tempos depois um pastor de ovelha chamado Faustulo encontra as crianças e passa a cuidar delas.

Ocorre que Remo foi acusado de roubo e levado a presença do rei Amúlio, que não sabia quem era ele, o pai adotivo das crianças resolve contar a Rômulo sua verdadeira história, e então ele vai libertar o irmão, mata o rei Amulio, e devolve o trono ao seu avô Numitor e a dignidade à sua mãe.
Os gêmeos viram que não havia lugar para eles em Alba e decidem voltar para o lugar onde haviam crescido, no Monte Palatino e lá fundam uma cidade - ROMA.


Psyché ranimée par le baiser de l'Amour
Psique reanimada pelo beijo do Amor.
por Canova em 1793.
Mitologia grega.

Psique (filha de um rei, seu nome significa alma em grego) era de uma extraordinária beleza, Afrodite/Vênus louca de ciúmes, envia seu filho Eros/Cupido para que plantasse uma flecha em seu coração para que fizesse amor com um mortal o mais feio e desprezível possível, acontece que quando Eros a vê se apaixona de imediato por ela, e juntos vivem uma relação amorosa num suntuoso palácio a fazendo prometer não querer conhecer sua verdadeira identidade.

Mas quando ela insiste e por curiosidade procura descobrir quem ele era Eros foge.
Afrodite em um determinado momento a coloca em sono profundo e que somente o amor pode cancelar o efeito. Eros a encontra e a beija e ela desperta. Se casam e tiveram uma filha chamada Prazer.

Vênus de Milo
Descoberta em Milo, um arquipelágo de Cicladas, ela representa a deusa Afrodite. É a obra mestra da escultura grega em mármore.

escultor anônimo.
Data por volta de 120 a.C.
















Grand Sphinx
Grande Esfinge
Encontrada em Tanis, possui 24 toneladas.
Antiguidade Egípcia
Um corpo de leão com cabeça de rei.

















Vestiges des fossés du Louvre de Phillippe Auguste et de Charles V
Fosso do Louvre Medieval.
Aqui eu fiquei muito contente, pois isso era algo que eu queria ver, mas não estava na
minha programação, pois o nosso tempo era demasiado curto. Acontece que, andando pelas galerias do Louvre, e tentando achar a saída, nós nos perdemos e acabamos chegando aqui, eu fiquei muito feliz!

Essa é parte daquela fortaleza que menciono no inicio da postagem mandada construir por Phellippe Auguste para se proteger principalmente dos Vikings, e que depois foi derrubada por Carlos V e contruído outro espaço melhor.


Código de Hammurabi
Conjunto de leis antigas escritas da antiga Mesopotâmia.

Supõe-se que foi escrita pelo rei Hammurabi por vola de 1700 a.C num monolito (pedaço de rocha), possui 46 colunas com 282 leis com escrita cuneiforme arcádica (língua falada na antiga Mesopotâmia). Possui 2,25 m de altura.























Um comentário:

  1. OI ALDI. MAIS UM LUGAR INESQUECIVEL, QUE VC TERA QUE VOLTAR UM DIA PARA REVER. PARABÉNS. MARAVILHOSO. KLB/RJ

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