domingo, 30 de janeiro de 2011

Mosteiro dos Jerônimos

Mosteiro dos Jerônimos é um lugar imperdível de se ver em Lisboa. Lindo demais!!!!

Situado junto ao Tejo en frente da Praça do Império e defronte ao Padrão dos Descobrimentos - um lugar onde se mata muitos coelhos com uma cajadada só.

Nesse lugar existia, anteriormente ao Mosteiro, a ermida da Ordem de Cristo de Nossa Senhora de Belém, onde foi realiazada a missa assistida por Vasco da Gama no dia em que partiu com sua Nau para a Índia.

D. Manuel I pediu à Santa Sé que permitisse que se construísse um Mosteiro na entrada de Lisboa próximo ao rio Tejo. O Reino de Portugal vivia um de seus melhores momentos sendo possuidor de uma grande potência marítima. Era a Idade de ouro em Portugal.

Então, o Papa Alexandre VI (em 1496) autorizou, e em 1501 começaram a construção que durou 1 século.

O Mosteiro tem mais de 300 metros, todo construído em calcário de lioz e é conhecido como a jóia da arquitetura Manuelina.








O estilo Manuelino, também conhecido como gótico português tardio ou flamejante, é muito rico pois possui influências (góticas, platerescas, mouriscas, entre outras). É caracterizado pelo uso de motivos naturais, marítmos, régios, em grandes formas e exuberantes.

As paredes dos edifícios são praticamente livres de ornamentação. As criações ornamentais propriamente ditas se concentram em pilares, colunas, janelas, arcos, tetos, abóbodas, etc...;

Em matéria de espaço e iluminação adota conceitos do Renascimento, e traz traços do Barroco. Outra característica é possuir uma fórmula técnica da altura, criando abóbodas com nervuras, como é visto no interior da Igreja do Mosteiro.

Para construir esse Mosteiro foi preciso muito dinheiro, e este veio de um imposto, à época, chamado "Vintena da Pimenta" (5% das receitas com o comércio com a Africa e o Oriente).

D. Manuel escolheu os monges da Ordem de S. Jerônimos para habitarem o Mosteiro (eles seguiam a ordem de São Agostinho) mas em troca eles tinham que rezar pela alma do rei.
Também tinham que prestar assistencia espiritual aos marinheiros e navegantes que partinham rumo a outro continente.

Os monges habitaram o lugar por 4 séculos, e em 1833 a Ordem foi dissolvida e eles desocuparam o mosteiro.
O Estado, então, entrega o Mosteiro à Real Casa Pia de Lisboa, uma instituição que acolhia a orfãos e mendigos.

O Mosteiro foi usado como jazigo real e dos religiosos da Ordem somente, mas isto com o passar do tempo mudou. Outras figuras ilustres passaram a ter seus túmulos alí também definidos.

Ao se entrar pela Porta Sul do Mosteiro, uma entrada lateral de preciosíssima beleza, se adentra à igreja e logo em sua entrada estão os túmulos de Vasco da Gama e Luis de Camões.















No centro desta porta está Nossa Senhora de Belém. Em uma mão ela segura o menino Jesus e na outra segura o vaso de oferenda dos Reis Magos.

No meio das porta gêmeas está a imagem do Infante D. Henrique, antepassado de D. Manuel, que muito colaborou com os Descobrimentos.

A visão que se tem ao se entrar a Igreja Santa Maria Belém é algo estonteante, é muito linda!



Quando se está visitando o Mosteiro em seu interior, após ver o claustro, se entra por uma porta onde se sobe umas escadas e não se sabe exatamente o que irá ver.

Nem imaginávamos que iríamos sair onde fica o coro alto da igreja, e de lá a visão que se tem de toda a igreja é de deixar o queixo caído! Surpreendente beleza!







Uma visão esplêndida de toda a sua nave e colunas ricamente trabalhadas.

Com abóbadas audaciosas da nave única e do transepto criou-se um enorme salão antes nunca visto em Portugal. 92 metros de comprimento, 25 de largura e 25 de altura cobertos com o uso de poucas colunas - 6 colunas e mais 2 afastadas.

Ficamos para a missa das 18h. Foi interessante participar de uma missa onde tantas outras foram celebradas para reis e rainhas num lugar tão suntuoso.

No coro alto, os monges ficavam lá por 7 horas (repartidas durante o dia) onde cantavam, faziam oração em voz alta e realizavam ofícios religiosos.








Em 1775 houve um grande terremoto em Lisboa, mas o Mosteiro permaneceu de pé, sendo apenas atingido este lugar: o Coro-Alto. Foram ao chão a balaustrada e o chão do coro-alto.

Ao lado da Capela-mor que é onde fica o altar, numa arcada, se encontram os túmulos de D. Manuel I e D. Maria - sua segunda mulher (foto ao lado).






De outro lado o túmulo de D. João III (filho de D. Manuel I) e de sua esposa Dona Catarina de Áustria (neta dos Reis Católicos).












O Claustro - Hááá o Claustro!!! Foi o mais lindo que vi nesta viagem. Não sei se há outro que o supere, mas é de uma rica beleza, uma obra de arte e realmente um lugar para se relaxar.

Ele possui duplo piso e sua construção foi iniciada em 1517 e concluída em 1541.

Na ala norte do Claustro encontramos o túmulo de Fernando Pessoa e nela está inscrito um de seus clássicos poemas, por Ricardo Reis um dos pseudônimos de Fernando Pessoa.












Na sala do Capítulo se encontra o túmulo de Alexandre Herculano outro grande escritor português. Era uma sala de reuniões dos monges. Permaneceu 3 séculos e meio inacabada. Serviu de capela.

Vejam nessa foto ao lado essas várias portas, são ao todo 12 portas, eram confessionários.

Na época haviam 12 confessionários, 12 portas onde os monges confessores entravam pelo claustro e os penitentes entravam pela igreja e eram separados por uma grade de ferro.

Atualmente 2 dessas 12 portas estão incobertas por causa da construção da Capela do Senhor dos Passos que fica à entrada da Igreja.

Túmulo de Luís de Camões: Em 1552 foi preso após uma rixa com um funcionário da Corte em Lisboa, após um ano o Rei lhe deu o perdão e então Luís parte para as Índias numa expedição militar, viagem na qual compôs o primeio canto de Os Lusíadas. Em 1569 regressa à Lisboa e publica sua grande obra já citada. Morreu doente e na miséria.

Túmulo de Vasco da Gama: Vasco da Gama foi enviado por D. Manuel I, como capitão-mor com uma grande frota a fim de buscar o caminho para as Ìndias. Vitorioso, estabeleu ligação (rota comercial) por mar entre Portugal e Índia dando um domínio aos portugueses por mais de um século.


O Mosteiro foi considerado Monumento Nacional e inscrito no Património Mundial da Unesco.

Para quem antes for ao Museu dos Coches... se caminha um pouquinho e se chega ao Mosteiro dos Jerônimos. É bem pertinho.

Chegamos lá de elétrico 15 (ele pára antes próximo ao Museu dos Coches, após a visita, caminhamos um pouco mais e passamos pela Pastelaria de Belém - e mais alguns poucos metros chegamos no Mosteiro) - Tudo muito perto!

Como chegar:
Autocarro: 28, 714,727, 729, 751.
Elétrico: 15
Comboio: estação de Belém

Horário: 10h às 17h (outubro a abril)
10h às 18h30 (maio a setembro)
Preço: 7 euros
Bilhete conjugado (Mosteiro e Torre de Belém): 10 euros - mais em conta!

http://www.mosteiriojeronimos.pt/

Abaixo fotos e vídos:

Foto da Porta Principal

Como as fotos não foram suficientes para exprimir tamanha beleza vista, compartilho com vocês algumas filmagens do lugar.

SALA DO CAPÍTULO



CORO-ALTO/VISÃO DA IGREJA



Igreja Santa Maria Belém/Túmulos de Luís de Camões e Vasco da Gama



domingo, 23 de janeiro de 2011

Museu Nacional dos Coches

O Museu Nacional do Coches em Lisboa reune não somente os coches reais do séc. XVII, XVIII e XIX, mas também as outras formas de transportes da realeza naquela época, tais como: além das carruagens, berlindas, seges, liteiras, cadeirinhas, carrinhos de passeio, e tudo o mais relativo a transportes reais.

O Coche foi criado na Hungria em Kotze no séc. XV. As caixas são suspensas por correias de couro sem ter contato com as rodas.

A diferença de berlinda para coches está que a berlinda é mais leve e mais rápida com 4 rodas. Ela utiliza dois varais lateralmente à caixa.
A berlinda foi criada na Alemanha e chegou ao Brasil por volta do séc. XVIII. Só foram criadas dois séculos depois do coche.

A carruagem só veio surgir no séc. XIX. A diferença dos demais citados está na forma de suspensão da caixa abaulada na parte inferior, suspena por correias curtas e molas de aço em forma de grande C, também a boléia (onde fica o cocheiro) é mais elevada possuindo quatro lanternas fixas, dando uma maior visibilidade ao condutor. Essas pequenas diferenças tornaram a carruagem um transporte mais confortável e mais seguro.
A entrada na carruagem se faz por estribo desdobrável

Sege é uma carruagem de duas rodas com um único assento e puxada por dois cavalos.

A liteira é uma caixa de dois lugares frente a frente, transportada por duas mulas atreladas nas extremidades dianteiras e traseira e dois varais laterais que sustentavam o peso da caixa.

A cadeirinha é uma caixa de um lugar só suspensa por dois varais que pode ser retirados, com porta de abrir à frente, teto fixo ou de levantar para facilitar o acesso ao passageiro, era conduzida por dois ou quatro lacaios. O Museu foi pensado pela Rainha Dona Amélia de Orleãns e Bragança, esposa do Rei Don Carlos I, e o prédio foi construído no lugar onde era o picadeiro do Rei - Picadeiro Real de Belém, um lugar de treinamento, jogos e exercícios equestres do rei. Foi inaugurado em 1905.

Passou a ser chamado Museu Nacional dos Coches em 1910, após a implantação da República foi enriquecido com outras carros nobres da realeza portuguesa.

Veja abaixo algumas fotos:

Berlinda de Dona Maria I - Foi usada na cerimônia de consagração da Basílica de Estrela em Lisboa em 1790. É um trabalho português.






Coche de D. Pedro II.
Apresenta o escudo com as armas reais portuguesas. As pinturas fazem referência às estações do ano.






Coche de D. Maria Ana Da Áustria
É do séc. XVIII (1708). Construído a mando do imperador José I da Áustria para D. Maria Ana da Áustria, sua irmã, pois ela iria se casar com o Rei de Portugal D. João V.


Foi construído no estilo francês de Luis XIV. Os ícones no exterior aludem às virtudes da rainha e simbolizam a Dignidade, o Afeto, a Sinceridade e a Força.

Coche do Papa Clemente XI.
Trabalho italiano.

Foi um presente do Papa ao rei de Portugal D. João V em 1715, com as "Faixas Bentas" pelo evento do batismo de seu filho primogênito D. José.

A caixa é aberta e os desenhos nos seus cantos representam os 4 continentes.

Na parte traseira, 4 Caríatides que evocam as estações do ano foram colocadas ao lado de um menino empunhando um coração flamejante símbolo do Afeto.

Caríatides são colunas com formas de estátuas de mulheres que foram criadas na cosntrução do Templo Erecteion em Atenas, elas sustentavam com a cabeça o templo.




Coche da embaixada do Papa Clemente XI - dos Oceanos
Para mim, certamente este é o coche mais bonito que vi.
Deveria ser muito prazeroso passear nele.

Trabalho italiano.
Fazia parte de um conjunto de 5 coches temáticos e de 10 de acompanhamento que integraram o cortejo da Embaixada enviada pelo rei D. João V ao Papa em 1716.

A caixa é aberta, é revestida em veludo de seda vermelho com aplicações bordadas em fios de ouro, e o interior está forrado a brocado de ouro.

Na parte traseira o trabalho de talha retrata um episódio da história marítima portuguesa, a ligação do Ocenao Atlântico com o Oceano Índico, é glorificado por Apolo, ladeado pela imagem da Primavera e do Verão, e em seus pés dois velhos dão as mãos simbolizando a ligação por mar entre dois mundos com a passagem do Cabo da Boa Esperança.

Coche de Dona Carlota Joaquina.
Trabalho espanhol.
Ela trouxe da Espanha para Portugal por ocasião de seu casamento com o princípe D. João, que mais tarde tornou-se D. João VI.

Nas portinholas escudos duplos com as armas de Portugal e Espanha.













Carrugem da Coroa
Trabalho inglês.
Mandada construir em Londres pelo Ministro da Fazenda de D. João VI - o Conde de Póvoa.
Sofreu alteração para a coroação do rei D. Carlos e foi usada pela última vez em 1957 quando a Rainha Isabel II da Inglaterra visitou Portugal.


Endereço: Praça Afonso de Albuquerque, 1300 Fica em Belém próximo ao Mosteiro dos Jerônimos.

Autocarro 28, 714, 727, 729, 751

Elétrico: 15

Horário: 10h às 18h (terça aomingo)
Preço: 5 euros

http://www.museudoscoches.pt/

sábado, 15 de janeiro de 2011

Museu Vida de Cristo

O museu Vida de Cristo em Fátima - Portugal, é o único museu de cera que conta toda a trajetória de Cristo através de 33 cenas que te tocam a alma.


São dois andares de museu tentando dar ao visitante, a possibilidade, de através de sua imaginação, se colocar alí, de alma, no meio dos personagens de cera, como se estivesse vivendo aquele momento.

É uma ótima pedida para levar a criança que há em você, pois Jesus disse:
"Deixem as crianças, e não lhes proibam de vir a mim, porque o Reino do Céu pertence a elas" Mt. 19,14.

Endereço:
Rua Francisco Marto, 2495
Ingresso: 7 euros, criança 4 euros
Horário no verão: 9h - 19h
Horário no inverno: 9h - 18h30
www.vidadecristo.pt

Veja abaixo fotos de algumas cenas:

ANUNCIAÇÃO DO ANJO A MARIA
VISITA DOS REIS MAGOS DO ORIENTE
FUGA PARA O EGITO
BATISMO DE JESUS JESUS E A SAMARITANA SERMÃO DA MONTANHA JESUS E A MULHER ADÚLTERA
A ÚLTIMA CEIA
JESUS PERANTE PILATOS A CAMINHO DO CALVÁRIO JESUS É PREGADO NA CRUZ
A ASCENSÃO DE JESUS