domingo, 31 de outubro de 2010

Etapa 17 - Melide à Arzúa

Dia 21/07/10
Percurso= 13,6km
Percurso acumulado=339,80km
Início=9h
Término=13h30
Duração= 4h30










Não nos preocupamos em sair cedo porque essa etapa seria bem curta.

Dormimos muito bem. O hotel Chiquitín em Melide é muito bom, bem limpo e confortável.











Essa etapa seria um sobe e desce, mas já estávamos a essa altura acostumados.

No bosque vimos um peregrino com uma novidade: ele inventou um carrinho para carregar sua mochila, quem sabe essa moda pegue? Bem interessante!

Bosques de eucalipitos dão um beleza e um aroma diferente.














Chegamos nessa etapa no marco dos 50km faltantes para findar a jornada, ai que emoção!!!!

Em Boente tem a igreja Paroquial de Santiago de Boente. É uma igreja construída no séc. XIX, porém sobre onde havia um templo românico do séc. XII. Pequenina, tem uma diferença, sua porta de entrada já se dá ao lado do altar.

Fiquei imaginando o mico que se paga quem chega tarde para a missa.
















Antes de chegar em Ribadiso, pelo caminho você encontra linda plantações dessas flores da foto.













Atenção: deixando Ribadiso de Baixo, em direção à Arzúa, quem vem caminhando, seguindo fielmente as setas, anda um pouco mais descenessariamente, como eu andei. Se dá uma volta para se deixar a trilha e passar pela pista até chegar no caminho que segue.

Confesso que fiquei irritada nessa hora.
Veja o vídeo mais abaixo.






Em Arzúa, cidade grande, ficamos no Albergue Don Quijote, excelente albergue, também tem a parte do hotel dele, mas já estava lotado. Ao lado dele tem um ótimo restaurante.

Nesse dia ventava e fazia muito frio, batia um vento terrivelmente gelado a tardinha.









Fotos da etapa no álbum abaixo
Etapa 17 - Melide à Arzúa


sábado, 30 de outubro de 2010

Etapa 16 - Palas de Rei a Melide

Dia 20/07/10
Percurso=15km
Percurso acumulado=312,60km
Início=8h25
Término= 14h30
Duração= 5h55









Essa etapa foi uma das bem tranquilas e gostosas de se fazer, não somente por não ter sido longa, mas pela bonita surpresa que tivemos na igreja de Furelos, Verinha já havia nos alertado sobre ela.

















Bem, o dia estava como de costume na Galícia friozinho, com névoa, mas suportável.
Muita gente deixando Palas de Rei, saimios pela Travesa del Peregrino.
A coceira me incomodova mas bola pra frente, não ia deixar isso estragar o dia.
















Desde que entramos em Galícia, frequentemente vemos estas espécies de celeiros, como na foto ao lado. Isso é característico desta região. Fazem até souvenirs disso!

Até esta etapa eu passava por vários sem saber ao certo o que eram e para que serviam. Somente então resolvi perguntar a um menino morador de um vilarejo para que servia isso, e ele me esclareceu.




Este dessa foto foi tirado na etapa seguinte a caminho de Arzúa.

Na Espanha eles possuem vários nomes, são chamados de: hórreo, cabaza, canastro, cabaceiro entre outros. Mas a serventia é uma só: proteger os alimentos colhidos da umidade e do ataque dos animais.
São usados mas especificamente, nesta região, para guardarem o milho colhido.
Há de todos os tipos e tamanhos, bonitos e feios.


Fiquei surpresa de encontrar nesta etapa vários pais levando seus filhos pequenos para fazer o Caminho de Santiago de Compostela. Na minha opinião achei muita maldade com a criança, vi algumas tão pequenas que certamente não tinham idéia do que estavam fazendo.

Vi uma chorar para a mãe, não deu para saber o quê era, mas imagino que fosse o cansaço e a criança queria colo. A mãe não pegou a criança e a fez caminhar chorando.

Eu fico imaginando se para nós que temos pernas grandes e damos passos largos já se leva um bom tempo caminhando imagina para os pequenos com seu diminutos passos!









Em Leboreiro encontramos a Igreja de la Virgen de las Nieves, também chamada de Igreja de Santa Maria de Leboreiro, possui o altar simples, diferente, mas sem deixar de ser bonito.Esta igreja foi construída no séc. XIV e em sua portada está a imagem da Virgem com o menino Jesus entre anjos.













Melide é uma cidade grande, possui até um Parque Empresarial enorme antes de chegar na cidade propriamente dita. Tem uma loja de carros um mais lindo que o outro.
Se avista de longe.

Logo vem Furelos, vilarejo pequeno bem próximo a Melide, o qual possui uma ponte medieval em sua entrada.





Em Furelos há a Igreja de San Juán de Furelos com um lindo altar e nela encontramos uma imagem linda de Cristo crucificado com a mão estendida para quem quiser nela segurar e seguir com ele, espiritualmente falando. Emocionante!

Ao que parece é a única imagem no mundo representando a crucificação dessa forma.

Você que me lê e passará um dia por Furelos, não deixe de visitar esta igreja e rezar aos pés desta imagem que toca fundo.









Durante esta etapa novamente encontramos com os peregrinos na estrada, eles vão animados, até um de cadeira de rodas perguntou a uma senhora mexicana peregrina se ela não queria ir no colo dele. Os bichinhos são gaiatos!!!!!

Mas, ao vê-los, caminhei um certo tempo preocupada, pensava: onde será que eles irão ficar? Será que ficarão também em Melide? Tomara que não seja próximo ao albergue que encontrarmos! (rsrsrsr) não queria ter outra noite mal dormida.

Até que ao passarmos na ponte em Furelos, criei coragem para perguntar até onde iriam neste dia e para minha alegria, eles iriam até Arzúa. Que felicidade!


Gente! Eles faziam muita bagunça fora de hora! Não pensem mal de mim ok? Acontece que não existe coisa mais desejada para um peregrino que o seu descanso.

Ao chegarmos em Melide, passamos nos correios para saber se nossas encomendas haviam chegado e depois fomos procurar um hotel e encontramos um ótimo, próximo à saída: Hotel Chiquitín, tem um albergue na esquina também, só que estava lotado.









Na cidade tirei poucas fotos, pois ambas, máquina e filmadora já estavam sem bateria.

Como chegamos cedo, nos alojamos, depois fomos almoçar, fomos conhecer alguns monumentos e mamãe voltou para o hotel, eu fui atrás de uma internet, e encontrei uma loja cheia de doces MAAARAAAAVILHOOOSOOOS!!!!
Depois comprei algumas frutas e passei e comprei pãezinhos deliciosos. Tem muitos lugares para se comer, em Melide há muitas opções. Maravilha ficar lá.


Fotos da etapa no álbum abaixo
Etapa 16 - Palas de Rei a Melide

Vídeo dos peregrinos portadores de deficiência


Etapa 15 - Portomarín a Palas de Rei

Dia 19/07/10
Percurso=25,10
Percurso acumulado=297,60km Início=8h30
Término=17h
Duração=9h30










O tempo estava friozinho, foi um pouquinho confuso sair de Portomarín, mas em poucos minutos encontramos o caminho para atravessar a ponte de saída. Muitos adolescentes passavam pela gente, em grupos pequenos, e faziam muito barulho.


Nesse trecho se caminha também por um pequeno bosque. Nunca respirei tanto ar puro na minha vida como nessa aventura! Maravilha!


Na metade do dia cruzamos com os peregrinos deficientes. Eles faziam o caminho mais pela estrada porque realmente há trechos que não tem condições para quem vai, por exemplo, em cadeiras de rodas. Eles tinham uma grande equipe montada que dava todo o apoio para eles, principalmente nas estradas movimentadas, visando a segurança da caminhada.

Na foto a peregrina com a mão no ombro da acompanhante é deficiente visual.

Como foi uma etapa em que demoramos a cumprir, não só pelo ritmo aplicado, mas por termos saído tarde, evidentemente foi muito difícil conseguir um lugar em Palas de Rei.









Quando entramos nas imediações de Palas de Rei, os albergues que havia ali já estavam cheios, bem como um hotel rural. Porém o recepcionista do hotel após 1 hora de espera para vermos se conseguíamos uma vaga, talvez de um desistente, este nos conseguiu uma reserva em um outro hotel la na cidade. Fiquei super contente! Ele disse que era um pouco longe do centro da cidade mas era o que tinha, não contei conversa, aceitei assim mesmo. Queria um teto.


Embora já tivesse em mãos uma reserva feita pelo recepcionista, não deixava de entrar nos hotéis e albergues que encontrava pelo caminho. Porque na verdade queria ficar perto de um lugar que tivesse opções de alimentação,restaurante, supermercado essas coisas. Todos os lugares estavam lotados.
Porém, ocorreu que entrei no albergue Buen Camino, para saber se havia vaga e para a minha surpresa pelo avançado da hora havia. A senhora me disse que um grupo de 4 pessoas havia desistido. Que sorte, era perto de bares, bem no centro. Então resolvi aceitar.

Mas a mamãe não queria ficar, porque o outro rapaz já havia feito nossa reserva, então desisti e seguimos então para o hotel reservado. Caminhávamos, caminhávamos e nada. Já estava ficando muito distante, não via nada perto que pudesse ter opção de comida. Aí desisti de seguir. Falei: há não! Vamos voltar para o albergue e de lá eu ligo cancelando a reserva. Voltamos correndo com medo de perdê-la, mas ao final lá estava a vaga nos aguardando.
Oh agonia!!!!




O Albergue Buen Camino era um albergue bom, mas tive o primeiro azar de que a turma dos peregrinos deficientes ocuparam todo um albergue que havia na frente dele.
Eu não sei que tipo de peregrinação estavam fazendo, mas fizeram uma festa NA RUA com músicas até altas horas da madrugada. Achei, sinceramente, uma falta de respeito com os demais peregrinos que ali próximo procuravam descansar.
O barulho do som incomodava.

Bem, eu disse primeiro azar, porque foi nesse albergue que peguei os tais dos chinches, foi o meu segundo azar.
Dormi mal, acordei mal e segui mal - as coceiras começaram.

Fotos da etapa no álbum abaixo

Etapa 15 - Portomarín a Palas de Rei



Veja alguns vídeos da caminhada nesta etapa: videos com gracinhas do Rodrigo e outro inclusive com o registro de um venezuelano falando do nosso Brasil ter deixado a copa,
Já estava até esquecendo isso, mas as pessoas não deixavam passar em branco. Não senhor!!!

Tínhamos que rir para não chorar.

Leia também: Chinches



sábado, 23 de outubro de 2010

Etapa 14 - Sarria a Portomarín

Dia 18/07/10
Percurso=22,4km
Percurso acumulado=272,50km
Início=7h40
Término= 15h15
Duração= 8h 25







Bem, antes voltando ao dia anterior (dia 17/07), após visitarmos o Monastério de Samos, tomamos um taxi em direção à Sarria.
É fácil pegar um taxi em Samos, em frente ao Monastério tem uma espécie de posto e uma parada de taxi, o rapaz que trabalha dentro da cabine que há por lá chama um taxi se for preciso. Ele chamou para nós e não tardou muito.

O taxi nos levou a um albergue que já fica perto da saída de Sarria, albergue San Lázaro, excelente albergue, havia um quarto duplo (cama de casal) e com banheiro próprio, ficamos os três neste. Bastante confortável, espaçoso e limpo.

Sarria é uma das cidades grande da província de Lugo
Era um sábado e ficamos impressionados como realmente tudo fecha à tarde na Espanha, estávamos em busca de um restaurante para almoçarmos e passamos em frente a um salão de beleza, estava fechado, eram 14h da tarde. Incrível!
Essa hora os salões no Brasil estão borbulhando de gente. Quanta diferença!

Após uma sugestão de um dono de um bar e de uma vendedora em um farmácia que por um milagre estava aberta, encontramos o excelente restaurante ROMA, é o restaurante do Hotel Roma, ambiente aconchegante embora o tratamento do garçon tivesse sido frio.







Bem, voltando ao dia 18/07, a manhã fazia frio e havia uma suave neblina.
Sabíamos que agora a coisa ia ficar ainda mais difícil em termos de conseguir vagas em albergues, pois muita gente inicia o Caminho desde Sarria, pois daqui, praticamente, é que se faz os 100 últimos kilometros obrigatórios para quem caminha a pé para conseguir a Compostela.






Contudo, caminhávamos devagar para pode acompanhar a mamãe, e percebíamos que ficávamos para trás frente a quantidade enorme de pessoas que passavam por nós.

Eu brincava com o Rodrigo: la se vão nossas camas.... e ria né?! Afinal de contas era melhor rir do que chorar!

Não era mais uma caminhada solitária como no início, havia muita, muita, muita gente!!!



O caminho dessa etapa foi muito agradável, apesar de subidas e descidas, passamos por bosques lindos, um clima ameno e o melhor ainda é que nessa etapa ganhamos um fôlego extra.

Sabe quando você tá jogando videogame e seu bonequinho precisa de sangue, aí de repente apanha algo e o sangue do bonequinho aumenta? Pois é! Foi essa a sensação ao ver o marco que informava que restavam apenas 100 km para Santiago de Compostela. CASI!











"CASI" (quase em espanhol) vimos muito essa palavra escrita pelo caminho na tentiva de passar ânimo ao peregrino cansado. Às vezes nos parecia irónico, mas enfim não deixava de ser CASI.







Foto de uma teia de aranha salientada pela garoa, com gotículas de água nela.
Clique em cima da foto para que ela seja ampliada. Veja que lindo!

Nossas credenciais de peregrino já estavam ficando sem espaço para carimbos.
Geralmente se pega um nova em igrejas do Caminho, mas na verdade, as nossas as compramos no albergue Casa Cruceiro em Ferreiros.




Interessante foi ver que as pessoas falecidas eram colocadas em jazigos bem próximas desta igreja. Por exemplo nesta Igreja de Santa Maria de Ferreiros, em Ferreiros.











Ao chegar em Portomarín, esgotados pois nosso limite era de 18 km e esta foi uma etapa larga para gente, tivemos que subir uma enorme escada para cruzar o seu arco. A mamãe quase teve um troço! É a entrada pela Ermita de Nuestra Senhora de las Nieves







Portomarin é um cidadezinha linda, situada na margem direita do rio Miño cujo rio é de uma beleza encantadora!

Uma calma e uma paz me deu ao ficar contemplando o rio a partir da bancada do restaurante Mirador, onde fomos almoçar, perto do albergue.

Mas essa paz foi momentânea, pois houve uma confusão com um dos garçons, o dono e um terceiro que não soube identificar, estavam gritando o que nos desviou a atenção. Quase saiu briga de verdade.
Também havia muitas moscas, enormes moscas, mas tudo bem! Passou e eu voltei a almoçar olhando a maravilhosa paisagem a minha frente.

A antiga cidade de Portomarin era formada por dois bairros: San Nicolás e San Pedro, porém ela desapareceu por conta de construirem uma represa - Represa de Belesar, com o objetivo de abastecer uma central hidroelétrica. Em 1960 ela foi reconstruída mas acima.









Ao lado foto da igreja de San Nicolás, de estilo românico, antigamente chamada de igreja de San Juan de Jerusalém, construída no séc. XII e XIII, teve suas pedras retiradas cuidadosamente para reedificá-las agora em seu lugar atual. Uma de suas característica é que foi construída para ser uma igreja/fortaleza















Ficamos no albergue Ferramenteiro, um albergue enorme, limpo, e com vários terminais de acesso a internet. Pela manhã é possível tomar café com suco, croissant e tostadas lá mesmo.

Nesse dia também chegou ao albergue um grupo de deficientes físicos que estavam fazendo a peregrinação a Santiago de Compostela. Idendifiquei pessoas com retardamento mental e também cegos, sim cegos! Cada um tinha um acompanhante.

Não é impressionante a força e a coragem dessas pessoas?!


TUDO VALE A PENA SE A ALMA NÃO É PEQUENA.

Quem quer passar além do Bojador tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu. (Fernando Pessoa)

Albergue de Sarria: http://www.alberguesanlazaro.com/

Albergue de Portomarín: http://www.albergueferramenteiro.com/

Para ver mais fotos da etapa clique no álbum abaixo

Etapa 14 - Sarria a Portomarín

Abaixo vídeo de Portomarín e de
















quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Monasterio de Samos - Trabalho e Oração

Dia: 17/07/10
Este dia era para termos caminhado até Sarria, mas tendo como objetivo dar um descanso para o meu pé machucado, aproveitamos para conhecer o Monastério de Samos e assistirmos a uma missa neste lugar que é símbolo do Caminho.

A fachada da igreja, de singular beleza, foi construída no estilo barroco e suas escadas, séc. XVIII, lembram as escadas da Catedral de Santiago de Compostela.


O Monastério foi construído por volta do séc. VI, mas ao que parece por volta do séc. XI é que passaram a se reger pela regras de San Benito, logo os monges são chamados de monges benedictinos.
Tem em seu histórico: invasões mulçumanas, foi recuperado pelo rei Fruela I, e acolheu seu filho o futuro rei Alfonso II - o Casto - e sua mãe ainda pequeno para fugir do assassino de seu pai. Lá, o futuro rei recebeu sua educação.


No séc. XIX o Monastério se tornou um hospital de guerra durante a invasão francesa.
Nele ocorreram dois incendios.
Entrando no Monastério logo vemos um dos maiores claustros da Espanha, chamado de Claustro do Padre Benito Feijoo, construído ao final do séc. XVIII, recebeu este nome por ter o Padre Feijó recebido neste monastério o hábito em 1690.

Há outro claustro - O Claustro das Nereidas ou Claustro Pequeno.






Nos corredores do primeiro andar há lindas pinturas nas paredes que contam a história do Monastério e de San Benito (seu nascimento, recebendo as regras para o Monastério e as passando ao clero, sua morte entre outras) estas obras foram realizadas por quatro pintores.

Um dos pintores, em suas obras, quis inovar dando aos rostos dos personagens o rosto de pessoas famosas para contar a história. Bem interessante!
Vejam essa pintura onde aparece o rosto do ator que fez Os Dez Mandamentos, o famoso Charlton Heston.

Com tantas reformas após sofrer dois incendios, o que restou de mais antigo foi esta porta de estilo românico. É do séc. XII e era a entrada lateral da antiga igreja.















No mesmo dia em que chegamos a Samos também chegou ao Monastério de Samos a Cruz dos Jovens que está rodando todo o mundo, cruz esta que foi idealizada pelo Papa João Paulo II para o movimento da Jornada Mundial da Juventude e os jovens tem a missão de levá-la a todos os lugares. Possui 3,8 metros.












Dentro da igreja, com 3 naves, sob o altar se encontram os bustos de San Julián e sua esposa Santa Basilisia pois são patronos do Monastério.

Logo que vi me pareceu tão estranho isso... ter o busto de um casal sob o altar.... mas depois conhecendo a história do casal me pareceu perfeito.






San Julián foi um mártir e nasceu em Antioquía, na Síria. Filho de pessoas importantes teve educação religiosa e seus pais queriam que ele se casasse com uma jovem de uma família rica. Acontece que Julián teve uma visão na qual se mostravam alguns premios que Deus dava a quem conservava a sua virgindade.

Julián contou a sua noiva a visão que tivera e os dois fizeram um acordo de se manterem puros, mas isso sem que ninguém soubesse. O casal fez votos de castidade.
Quando os pais destes jovens morreram, estes foram a um deserto orar e fazer penitencia, e quando retornaram cada qual fundou um monastério.
Julián fundou um monastério para homens e Basilia, sua "esposa", para mulheres.

Julián foi perseguido por conta da sua fé.
Em Antioquía, na perseguição aos cristãos, o governador Marciano mandou queimar vários cristãos e quando chegou a vez de Julián, queriam que ele adorasse a estátua do imperador, Julián se negou.

Após várias tentativas de o fazerem renegar sua fé, lhe torturam com chicotadas na qual continham um ferrinho na ponta e o carrasco em uma das puxadas acabou ferindo sua própria vista.
Julián colocou sua mão na vista ferida do carrasco e este obteve a cura.
Mas os carrascos sem pena lhe cortam a cabeça. Celso, o filho do governador Marciano, após assistir a tudo isso se converte à religião cristã.
Isto foi considerado um milagre espiritual obtido de seu martírio.

Todos os dias há visitas guiadas por 3 euros

FOTOS DO MONASTÉRIO DE SAMOS